quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ao olhar-te

Vi teus olhos, amigo,
Aqueles que já conheço
Mas também vi algo mais
Eu sabia o ia dizer
Mas por vaidade quis ouvir
Em teus olhos pensei
Pensei, mas não tive coragem
Sou assim, covarde.
Mas não deixei de notar em seus olhos
Não sei bem
Se notou nos meus
Não vou magoar
Me recuso a isso
Mas meu ego diz:
Me olhe.
E a sensatez:
Pare.
Um dia ainda vou me ouvir
E me digo tantas coisas...
Mas por hoje me perdi
Ao olhar-te

domingo, 29 de junho de 2008

Fogos de atifício


Esse brilho que me deixam os fogos
E a alegria que sinto quando os vejo
Me sinto novamente uma criança
Quando me encantava com um sorriso no canto da boca
Me sinto uma criança quando o brilho me vem aos olhos
É como um encanto
Um encanto de pólvora e fogo
e claro...
Artifício.

sábado, 28 de junho de 2008

D'ele e d'ela.

Um dia, sentados em um banco, dois amigos conversam
Ela olha diretamente nos olhos dele
E conta às histórias que a fazem encher suas expressões de felicidade e excitação
Ele a fita com curiosidade com os olhos atentos e cheios de afeto.
Um comentário surgiu
Seu rosto de encheu de luz com o brilho de seu sorriso
E ela disse que precisava ir
E com olhar de súplica ele a pede pra ficar
E como se estivesse pedindo perdão por um erro ela diz que não pode
Ele então finge que fica triste
E ela passar a mão leve no rosto dele, ele sorri!
E com um impulso dá-lhe um beijo
Fazendo a luz dela se esconder e lhe vir à face o susto
E seus olhos permaneceram abertos e assustados [no decorrer deste rápido e eterno beijo]
Os dele a fitavam
E quando ele a soltou
Lágrimas nos olhos ela tinha e seu rosto apático soltou um suspiro
Ele não disse nada, mas a olhou como se não entendesse
Ela deu-lhe as costas e correu
Ele olhou para ela como se visse a felicidade ir embora com seus paços
E olhou para si como se repreendesse pelo impulso impensado
E olhou para si como se não entendesse
E olhou para o horizonte como se pedisse ajuda
Seus olhos fortes fecharam-se
E com um suspiro ele se sentiu morrer
E se sentiu triste por talvez perder uma amiga que lhe era companheira
Ou de perder uma companheira que lhe era amiga
Talvez ele não sentisse o que achava
Mas agora era tarde.

Ou talvez fosse cedo demais.

Expressões

A artificialidade de um sorriso que não se revelava por inteiro
Me intriga a cada segundo mais
E aquele sol que brilhava
E o ouro reluzia
O a música tocava
E o rosto mudava
O tempo passava
Mas o sorriso...
Ah, era o mesmo
Ou talvez distante
E seu olhos que contavam história
Que pareciam voar e sonhar a cada milésimo de segundo
As expressões mais intrigantes
De alguém que eu conheço bem
Ou que talvez nunca revele.